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O Vazio Existencial na Sociedade da Performance

  • Foto do escritor: José M. Rosa
    José M. Rosa
  • 29 de ago.
  • 1 min de leitura

A sociedade contemporânea, impulsionada pelo desenvolvimento e pela lógica neoliberal, nos lança em uma busca incessante por produtividade, performance e sucesso material. Essa corrida, como apontam sociólogos como Marx e Weber, tem raízes profundas nas estruturas sociais e econômicas que nos moldaram. Marx, por exemplo, já alertava para a alienação do trabalhador no capitalismo, reduzindo a existência humana a uma mera força de trabalho trocada por subsistência. Weber, por sua vez, iluminou como a ética protestante cimentou essa mentalidade, ligando o trabalho árduo e o acúmulo à virtude.



No entanto, essa análise se aprofunda com filósofos contemporâneos como Byung-Chul Han. Ele demonstra que a sociedade neoliberal transformou o indivíduo em um empreendedor de si mesmo, um sujeito que se autoexplora em uma busca implacável por resultados. O paradoxo é que essa busca desenfreada por "mais" – mais dinheiro, mais sucesso, mais status – paradoxalmente gera exaustão, ansiedade e depressão. A vida se torna uma sequência de tarefas a serem cumpridas, um ciclo vicioso onde o tempo é gasto prioritariamente no trabalho, visando a subsistência e o consumo, enquanto a relação com o próprio eu e com o outro é deixada de lado.


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